terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Refém do Egoísmo Alheio

É extrema a covardia de alguém que quer me impor seus pensamentos em um momento onde estou visivelmente confusa exatamente por estar reavaliando tudo. Me dizer coisas como: vc não é o exemplo de bondade e retidão que acredita ser. Isso é massacrante! Minha reavaliação passa principalmente pelo que acho que sou, fui ou quero ser. É aterrorizante viver a tentativa de se reconhecer com alguém do seu lado dizendo o que vc deve ser ou não. Mas aterrorizante ainda é saber que foi essa pessoa que despertou muito desse olhar sobre a necessidade de reavaliação, mais do que muitas situações pessoais vividas. E agora que a confusão já está armada, quer fazer disso um objeto de barganha. É horrível e desesperador. Não que eu queira viver na dúvida! Mas quero encontrar as respostas por mim.
Me deixar levar pelo modo de vida do outro é o reflexo de minha insegurança. Acho que tinha construído uma fortaleza contra esse tipo de inclusão. Tal fortaleza foi em parte destruída. Deixei-a desprotegida pelo amor a um homem. Um amor que não poderia ter ocorrido em um momento de tantas dúvidas. Se este homem fosse alguém capaz de me levantar! Mas ele só me fez cair. Tornou-se um novo fantasma em minha vida.
Quando o conheci achei que ali pudesse haver vida em excesso. Alguém tão inteligente e vivido poderia me dar a paz que procurava. Poderia atenuar minhas dúvidas apenas com seu colo. Mas o que eu encontrei foi uma pessoa daria uma dimensão muito maior a meus conflitos. Me apaixonei por alguém que acha que carrega a voz da sabedoria. Amo o homem dono de uma visão de mundo totalmente egoísta. Me envolvi nisso de tal forma, que acabei deixando para traz meus valores. Hoje me vejo pensando. E daí se tenho valores? Que bom se os tenho! O maior desafio para que eu não viva essa penitência é recuperar aquilo que deixei se perder em meio ao manto do egoísmo alheio. Vou conseguir.
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Um NÃO para a amargura

Sinto que o pouco de segurança que tentei cultivar me foi tirada. É como se minha paixão pela vida tivesse sido sugada. E logo isso. Algo pelo qual sempre fui elogiada. Minha força, minha garra, minha determinação, o prazer de viver que sempre me consumiu. O prazer de sonhar e conquistar.
Meu mundo desmorona na minha cabeça e não consigo sequer sair de baixo, quanto mais me levantar e sair dos escombros. O que parece é que cada vez mais me enterro neles.
É estranho. Ao mesmo tempo, há uma resignação, não uma força positiva, mas uma resignação que me faz querer levantar. Digo que é resignação porque não se trata de ter superado uma perda totalmente, trata-se de me sentir resignada a aceita-la. Logo, querer levantar-se é algo como: preciso fazer alguma coisa para fugir disso tudo. Fugir. Não encarar como uma página virada, mas fugir mantendo-me lado a lado a um fantasma que estará eternamente me assombrando. Não sei como faço para me levantar dos escombros sem deixar que os ferimentos fiquem tão marcados. Não sei como faço para que os fantasmas não partam comigo.
Gostaria de encarar isso tudo de forma diferente. Não compactuo com a idéia de que o sofrimento seja a única alternativa para a melhora. Que melhora? Aquela que não nos permite viver sem os fantasmas. Como escapar disso? Melhorar de vida, seja materialmente ou espiritualmente, creio eu, passa pelo amadurecimento e não pela amargura. Não existe amadurecimento com amargura. Seguir ao lado dos fantasmas é viver na amargura. Não é o que quero para mim.
Pode ser que não me tornar uma pessoa amarga esteja conjugado a uma idéia de aceitação. Penso algumas coisas em relação a isso. O que devo aceitar é a primeira questão a que me proponho pensar.
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